sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

De repente da calma fez-se o vento

Soneto da Separação



De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.




De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.




De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.




Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.


Vinicius de Moraes


DE REPENTE...

IMPREVISIVELMENTE

O MUNDO PARA
ESQUECE DAS VAIDADES
DOS  PROBLEMAS COTIDIANOS
E SE VOLTA PARA AQUELES OUTROS SERES HUMANOS
QUE ESTÃO MUITO DISTANTES PRECISANDO DE PÃO E ÁGUA,
BASICAMENTE.
A NATUREZA NOVAMENTE MANIFESTOU-SE
DE MANEIRA TRÁGICA PARA ÊLES.
...E TODOS SE UNEM NESTE MOMENTO
PARA TENTAR AUXILIAR OS QUE PRECISAM
"De repente do riso fez-se o pranto "




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