“Meu pai foi como um romance de Carnaval da minha mãe, um namoro que durou quatro meses.
Mas ele tinha outra vida, uma família numa outra cidade,
e a minha mãe nunca soube disso.
Quando nasci, ele voltou para a vida dele e nunca mais nos procurou.
Quando eu estava fazendo a novela Da cor do pecado [2004],
ele ligou para a Globo para me procurar.
Não sei exatamente como me descobriu.
Na verdade, quando recebi o recado nem pensei duas vezes,
comprei as passagens e fui visitá-lo no interior de São Paulo.
Eu já tinha essa questão bem resolvida dentro de mim.
Não senti falta dele porque nunca o tive na minha vida,
não existe sentir saudade de quem não se conheceu.
Mas eu também não tinha mágoa, nada disso.
Foi mais a curiosidade que me levou até ele
do que qualquer outra coisa.
Nosso encontro foi como aqueles que a gente vê no Faustão [risos],
cheio de abraços e choro.
Mas não chegamos a conviver, ele morreu logo depois.”
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